segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Ex-diretor da Siemens cita políticos ligados ao governo tucano com cartel


Na semana do dia 20 de novembro, o jornal O Estado de S. Paulo publicou uma série de reportagens com trechos do relatório elaborado pelo ex-diretor da Siemens, Everton Rheinheimer, entregue no mês de abril ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o qual afirma dispor de documentos que provam a existência de um forte esquema de corrupção no Estado de São Paulo durante os governos (Mário) Covas, (Geraldo) Alckmin e (José) Serra, e que tinha como objetivo principal o abastecimento do caixa 2 do PSDB e do DEM.
De acordo com as notícias, no relatório constam os nomes de:
Deputado licenciado Edson Aparecido (PSDB), que hoje atua como secretário da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Ele foi apontado pelo lobista Arthur Teixeira como recebedor de propina das multinacionais suspeitas de participar do cartel dos trens em São Paulo entre os anos de 1998 e 2008. Outro deputado envolvido como beneficiário seria o Arnaldo Jardim (PPS-SP), aliado dos tucanos.
Mais quatro políticos são citados pelo ex-diretor da Siemens como "envolvidos com a Procint". A Procint Projetos e Consultoria Internacional, do lobista Arthur Teixeira, segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, é suspeita de intermediar propina a agentes públicos. O documento faz menção ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e aos secretários estaduais José Aníbal (Energia), Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico).

Os nomes do vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli (PMDB), e do ex-governador do DF José Roberto Arruda também foram citados como "políticos envolvidos com a MGE Transportes (Caterpillar)". A MGE é apontada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal como a outra rota da propina, via subcontratações - a empresa era fornecedora da Siemens e de outras companhias do cartel.
As acusações do ex-diretor foram enviadas pelo Cade à Polícia Federal e anexadas ao inquérito que investiga o cartel em São Paulo e no Distrito Federal. Trata-se do primeiro documento oficial que vem a público que faz referência a supostas propinas pagas a políticos ligados a governos tucanos. Até agora, o Ministério Público e a Polícia Federal apontavam suspeitas de corrupção que envolviam apenas ex-diretores de estatais como a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).



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