quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Paralisação na Novelis protesta contra reajuste menor que a inflação

O presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos Dias, participou do ato

 Protesto criticou reajuste de 6% anunciado pela empresa, que não cobre as perdas da inflação



Os trabalhadores da Novelis paralisaram a produção por uma hora nessa quarta-feira, dia 21, para pressionar os patrões pela Campanha Salarial.
Sem qualquer negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, a direção da Novelis comunicou essa semana que irá aplicar 6% de reajuste. O índice não cobre as perdas salarias da inflação, que fechou em 9,62%, segundo cálculo do INPC dos últimos 12 meses.
O presidente da FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo), Luiz Carlos da Silva Dias, o “Luizão”, participou do protesto e classificou a medida como manobra para prejudicar as negociações.
“Aplicou de forma equivocada. Isso é uma forma de desmobilizar pra que o trabalhador não vá fazer nenhum movimento em razão daquilo que de fato ele merece”, disse.
No mesmo comunicado, a Novelis afirma que depois irá pagar o restante do reajuste do que for definido nas negociações entre as bancadas patronais e a FEM-CUT/SP. Para Luizão, porém, a postura da empresa tem sido para que não haja o reajuste completo.
“O grupo de sindicatos patronais do qual a Novelis faz parte é o que mais defende a flexibilização das leis trabalhistas. Estão tentando fragmentar as férias. A Novelis deveria pressionar o sindicato dela pra resolver o reajuste, mas não é isso que ela faz, ela chega lá em São Paulo e fala pra não dar mais nada. Por isso precisa ter pressão aqui na fábrica.”
O ato também protestou contra a demissão de dois operadores por conta de um incidente causado pelas más condições de trabalho, como a falta de empilhadeira de giro, com vazamentos, buracos no piso, desnível, atividade simultânea, irregularidades antigas e já conhecidas pela coordenação do setor de Reciclagem.

A Novelis faz parte do Grupo 8 (Laminação e Trefilação) e emprega cerca de 1.100 trabalhadores na produção de chapas de alumínio.

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