quinta-feira, 13 de abril de 2017

Secretário-adjunto de Saúde de SP tem sócio ligado a organização indiciada por fraude


A participação num esquema fraudulento que teria desviado R$ 7,5 milhões apenas no Hospital Regional de Itapetininga levou ao indiciamento de 61 pessoas. O pedido foi feito em dezembro passado pelos promotores do núcleo Sorocaba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público paulista. Concluída há dois meses, a chamada Operação Atenas investigou irregularidades praticadas pelo Sistema de Assistência Social e Saúde (SAS) e pelo o Instituto SAS – ambas empresas com status de Organização Social (OS) – na gestão do principal hospital da cidade, localizada a 170 quilômetros da capital. Uma verdadeira sangria de recursos, segundo os promotores.
Ainda conforme o Gaeco, a quadrilha tinha como objetivo a apropriação de recursos públicos destinados à área da saúde a partir da ação de lobistas, ao financiamento de campanhas de agentes políticos e ao pagamento de propina a funcionários públicos para direcionar contratos fraudulentos ao SAS.
O dinheiro seria desviado para os integrantes da quadrilha por meio de pagamento de notas fiscais frias ou superfaturadas, emitidas contra o SAS por empresas, na maioria das vezes registradas em nome dos integrantes do bando ou de seus parentes. As organizações atuavam ainda nos municípios paulistas de São Miguel Arcanjo, São Paulo, Araçariguama e Vargem Grande Paulista. Em Americana, outro município vítima dos supostos fraudadores, segundo o órgão investigador, o prefeito Diego de Nadai (PSDB) teria recebido R$ 100 mil de propinas.
Tudo isso seria mais um caso de exploração privada do dinheiro público. No entanto, a imoralidade do esquema pode ser ainda mais grave caso se confirme o envolvimento não apenas de gestores, políticos e empresários, como é comum nessas redes criminosas, mas também de empresas e pessoas com ligações na Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo – órgão governamental executivo responsável por buscar a qualidade de um serviço essencial e garantir atendimento digno à população.
Embora o nome dos envolvidos ainda não tenha sido divulgado pela Justiça, há indícios de que as empresas Cubatão Serviços Médicos Ltda., Guarujá Serviços Médicos Ltda., Praia Grande Serviços Médicos Ltda. e São Vicente Serviços Médicos Ltda. estejam envolvidas com a OS acusada de irregularidades.
As quatro fazem parte de uma lista de prestadores de serviços da OS no Hospital de Itapetininga, encaminhada pela própria SAS, em atendimento a um requerimento da Câmara Municipal local.
Em Taubaté também aconteceu algo parecido com a implantação da OS, que levou o ex-vereador Biriri a fazer uma denúncia pelo alto custo e a influência de deputado e desse grupo.
Avaliando essas duas situações os vereadores, o Ministério Público e a população tem que ficar atento com esse chamamento público para que não favoreça supostamente alguma OS ligada algum deputado tendo em vista que Pinda quem está sendo o gestor maior não é o prefeito e sim os deputados que estão deitando e rolando nessa administração.


Fonte: Rede Brasil Atual 

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